quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

TP4 - unidades 13 e 14





PROGRAMA GESTAR II – Língua Portuguesa
Pauta do dia 08/10/2009:
Formadora Gilvânia Machado




1. Boas-Vindas


2. Texto reflexivo


3. Sistematização dos conceitos teóricos das unidades 13 e 14 da tp4:


Unidade 13
Seção 1 =O letramento
Objetivo da seção: Refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano.
Seção 2 = Letramento e diversidade cultural
Objetivo da seção:
Relacionar o letramento com as práticas de cultura local.
Seção 3 = Conhecimento prévio ea atividade de leitura e escrita
Objetivo da Seção:
Produzir atividades de preparação da escrita, considerando a cultura local,a regional e a nacional.
Unidade 14
Seção 1 = Onde está o significado do texto?
Objetivo da seção
Reconhecer texto e leitor como criadores de significados.
Seção 2 = Os objetivos de leitura: expectativas e escolhas de textos
Objetivo da seção
Relacionar objetivos com diferentes textos e significados da leitura.
Seção 3
Conhecimentos prévios interferem naprodução de significado do texto?
Objetivo da seção
Conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.



4. Elaboração da oficina 7 da unidade 14


5. Socialização dos relatos de experiências

6. Solicitação da Lição de Casa:

  • Estudo das Unidades 15 e 16 – TP4
  • Avançando na Prática
Iniciamos o nosso encontro com a leitura de um texto reflexivo intitulado "Voe mais alto"


.
Logo após a 2ª Guerra Mundial, um jovem piloto inglês
experimentava o seu frágil avião monomotor
numa arrojada aventura ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados
aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído
que vinha de trás do seu assento.
Percebeu logo que havia um rato a bordo e que poderia,
roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo,
perigoso e inesperado passageiro.
Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.
Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos
que quase colocaram em perigo a sua viagem.

.
Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia ou maledicência,
VOE ALTO...
.
Se o criticarem,
VOE MAIS ALTO...
.
Se fizerem injustiças a você,
VOE MAIS LTO !!!


Imagem Henri Matisse  -  Encantos e Paixões®


Após a reflexão sobre esse texto, passamos para a segunda etapa do encontro, o qual é a sistematização do conteúdo teórico de cada unidade e dessa tp4 é um tema bastante interessante sobre Letramento. Para introduzir esse tema achei oportuno instigá-los com as perguntas sobre o que é alfabetização e sobre o que é Letramento. Pelas respostas, percebi que alguns já tinham um conceito formado, porém outros mostraram um certo desconhecimento do tema, a partir dai coloquei no data-show o slide do poema " O que é Letramento, de kate M. Chong com o objetivo de iniciarmos um debate sobre esse estudo. Em seguida, passamos a leitura de um texto de Magda Soares que fala sobre a diferença entre alfabetização e letramento. Outro texto também mencionado e discutido foi o vídeo "Vida Maria", pois o que nos chamou a atenção é que, no vídeo, aquelas mulheres só sabiam "desenhar o nome próprio'. E não era um ambiente letrado, pois além daquele caderno, só havia a lata de água que Maria carregava e, mesmo assim, as letras apagadas, que não conseguíamos ler nada!!! E, sabemos que, quando e trata de arte, nada é por acaso, tudo ali colocado tem uma intenção, há uma mensagem implícita... Debatemos, então sobre a importância de um ambiente letrado, sobre os níveis de letramento e ensinar de acordo com essa pespectiva.
Finalizada essa parte, passamos para a socialização das experiências em sala de aula e, em seguida, a elaboração das oficinas. E, para concluir, solicitamos mais um avançando na prática e os estudos das unidades 16 e 17 da tp4.


Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão é
leitura à luz de vela, ou lá fora,
à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo, sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é, e de tudo que você pode se



TP 4 – Unidade 14

Leitura e processo de escrita –

(Conhecimentos prévios interferem na produção de significados do texto?)

Avançando na prática –( Pág. 97/ 99)

RELATO DE EXPERIÊNCIA

(Professora Vera Urbana Azevedo.

Partindo do título “Cidadezinha Qualquer”, foram colhidas dos alunos do 9º ano, hipóteses sobre o assunto tratado na leitura que viria a seguir. Os títulos, em geral, fornecem pistas preciosas sobre o tema , pois o leitor faz automaticamente inferências com temas e leituras já conhecidos ou com experiências vivenciadas por eles próprios.

O levantamento de hipóteses é um recurso extremamente motivador, a cada palavra ou frase proferida pelos alunos , outros se animavam para verbalizar suas idéias , o que terminou sendo enriquecedor na construção dos significados.

Algumas das possibilidades iniciais dadas por eles foram:

· É uma cidade bem pequena.

· É um lugar feio.

· É de qualquer lugar.

· Do interior.

· Simples, pobre.

· Cidade perdida, (etc.)

Lemos então a poesia e pudemos confirmar / refutar as hipóteses iniciais. Ouve risos contidos durante a leitura da segunda estrofe e do verso final. O curioso é que justificaram o fato como sendo engraçado tudo ir tão devagar, e pela repetição da frase “vai devagar”, momento em que um aluno disse que “só podia ser do interior e antiga porque hoje em dia todos tem pressa e se for na cidade grande é pior ainda.” Este aluno veio do interior e comparou a cidade dele à da poesia, com características muito parecidas.

Os alunos “descobriram” através do vocabulário do título, que o diminutivo nos remetem a idéia de cidade pequena e os bichos presentes nela indicam que era muito pacata. Outro aluno chamou a atenção para as palavras simples da poesia, o que para eles facilitou o entendimento.

Quando perguntados qual imagem da cidade o autor queria transmitir, alguns alunos disseram que o fato dele achar aquela cidade “besta” talvez fosse porque ele deveria morar numa cidade grande e desprezava a vida no interior.

Falei então sobre Drummond, sua época, e a cidade de Itabira. Foi de certa forma uma retomada, um aprofundamento, pois já havia trabalhado a história do autor quando construímos a autobiografia ( TP3- unid.9), levei o mapa e a foto da cidade daquela época ( anexo 2). Fizemos um pequeno debate sobre a imagem que eles construíram dela antes de ver a foto. Indaguei se faria diferença,caso eles soubessem quem era o autor e a cidade que tratava o texto, antes da leitura do título. A resposta foi: “sim, mudava tudo e perderia a graça”.

Voltamos às hipóteses iniciais , quando verificamos que apenas a idéia de cidade feia, não se confirmou, visto que, as palavras “pomar amor cantar” traz a sensação de bem estar , há uma beleza implícita no poema.

Perguntados se seria possível escreverem sobre suas cidades de forma simples, comparando-a à Cidadezinha do Drummond, com modernidades ou atrasos, foram bastante receptivos à idéia.

Construíram os textos e foi feita uma leitura final, na qual os alunos descobriram a visão pessoal dos outros colegas sobre uma mesma cidade e até outras, pois havia alunos oriundos de outras cidades.

ANEXO 1

PLANEJAMENTO

· Assunto: Conhecimentos prévios

· Objetivo geral: Reconhecer e utilizar os conhecimentos prévios como elemento base da construção de significados dos textos.

· Objetivos específicos:

o Exercitar a habilidade de fazer inferências implícitas e explicitas no texto;

o Exercitar habilidades de leitura e escrita num determinado contexto sócio-comunicativo utilizando os conhecimentos prévios;

o Identificar o efeito de sentido decorrente da escolha de uma palavra ou expressão.

· A situação desencadeadora:

o Observação do título da poesia “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade.

· As questões problematizadoras, visando o levantamento de conhecimentos prévios dos alunos:

o O que esperam de um texto com este título?

o Que cidade você espera encontrar no texto?

o Que relações você estabelece com a sua cidade?

· Procedimentos

Nº de Aulas

Estratégias

Recursos

1 Aula

· Observação do título da poesia do Drummond

· Levantamento de hipóteses

· Analise das questões problematizadoras

(Anotação das respostas no quadro-negro)

· Leitura da poesia

· Comparação das respostas dadas pelos alunos com o texto lido.

· Discussão sobre as hipótese e a realidade

( falar de Drummond e de Itabira)

· Construção de textos sobre a cidade dos alunos

· Leitura coletiva dos textos construídos

· Comentários.

· Caneta piloto

· Cópias da poesia

· Finalização;

Reescrita , fazendo as devidas correções.

























sexta-feira, 27 de novembro de 2009




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Relato de experiência da professora NaraPosted by Picasa

RELATO DE EXPERIÊNCIA




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Posted by PicasaRELATO DE EXPERIÊNCIA DA PROFESSORA NARA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

TP3 - Tipos textuais - 4º relatório




















PROFESSORA NARA











































Sequências tipológicas

  • injutivo
  • preditivo
  • narrativo
  • descritivo
  • dissertativo


OS TEXTOS NARRATIVOS:
São marcados pela temporalidade; desenvolvem-se necessariamente numa linha de tempo e num determinado espaço. Nesse tipo de texto há o predomínio de frases verbais indicando o processo ou ação; predomínio do tempo passado; advérbios de tempo e lugar.

. OS TEXTOS DESCRITIVOS:
São marcados pela atemporalidade, contém a apresentação pura e simples do estado do ser, objeto ou ambiente descrito em um determinado momento. Nesse tipo de texto há o predomínio das frases nominais, prevalecem as formas verbais no presente ou no imperfeito; os adjetivos ganham expressividade, os períodos são curtos e prevalece a coordenação.

OS TEXTOS ARGUMENTATIVOS:
Apresentam a defesa de um ponto de vista, de uma idéia ou um questionamento sobre algum fato. Objetivam persuadir o leitor ou o ouvinte e fundamentam-se em argumentos de acordo com o tema, contexto e interlocutor. Caracterizam-se pela lógica de idéias e apresentam uma linguagem objetiva e denotativa.

OS TEXTOS ARGUMENTATIVOS:
Apresentam a defesa de um ponto de vista, de uma idéia ou um questionamento sobre algum fato. Objetivam persuadir o leitor ou o ouvinte e fundamentam-se em argumentos de acordo com o tema, contexto e interlocutor. Caracterizam-se pela lógica de idéias e apresentam uma linguagem objetiva e denotativa.

OS TEXTOS EXPLICATIVOS OU EXPOSITIVOS:

Intentam explicar ou dar informações a respeito de alguma coisa. Objetivam fazer com que os interlocutores/ leitores adquiram saberes e conhecimentos. Eles tratam da identificação de fenômenos , de conceitos de definições.

OS TEXTOS INJUNTIVOS OU INSTRUCIONAIS:
Indicam ordem, orientação. A marca fundamental desse tipo de textos é o verbo no imperativo.

OS TEXTOS PREDITIVOS:
Indicam algo que pode acontecer no futuro, ajudado por alguma inspiração de ordem sobrenatural. Predomina aí uma linguagem de tom profético e místico.

  • Após as discurssões teóricas, passamos para a etapa dos relatos de experiências dos professores cursistas. Como sempre, foi um momento enriquecedor, pois tem contribuido na troca de experiências entre os docentes sobre o seu fazer pedagógico em sala de aula: suas dificuldades, seus sucessos, suas descobertas... É importante ressaltar que percebemos que teremos de fazer uma mudança na pauta, pois, geralmente, o tempo tem sido pouco para a socialização já que esse é um momento que todos gostam de participar. Assim, na próxima oficina, deixaremos o relato para o momento final.
E para finalizar realizamos a oficina em grupo e solicitamos a lição de casa.


PROGRAMA GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

Relatório de experiência

Professora orientadora: Gilvânia Machado

TP3: GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS – Sequência descritiva

Profº cursista: Flávio Vieira da Silva

Público-alvo: alunos do 8º ano da E. M. Prof° Luís Maranhão Filho – Parnamirim/RN

A atividade proposta teve por objetivo final a produção de uma sequência discursiva descritiva abordando os aspectos físicos e psicológicos do objeto da descrição.

O primeiro passo adotado foi discutir com os alunos a respeito das intenções e necessidades de um produtor de texto em apresentar ao leitor/ouvinte as características de objetos, pessoas, paisagens ou situações. Para tanto, foram apresentados para os alunos algumas sequências descritivas com foco em objetos de diferentes naturezas e produzidas a partir de olhares variados, permitindo assim, o entendimento do fato de que o ponto de vista - físico ou mental - do autor interfere no texto.

Após a discussão sobre as informações acima citadas e alguns esclarecimentos a respeito das diferenças entre as sequências descritiva e narrativa, foram feitas as leituras dos textos (sequências descritivas) apresentados na intenção de identificar o objeto da descrição e o tipo de ponto de vista predominante. Concluídas tais considerções, solicitou-se aos alunos uma descrição oral da sala de aula, abordando aspectos físicos e psicológicos do ambiente e da turma, o que garantiu boa participação e entusiasmo na realização da tarefa. Nesta oportunidade, surgiu a possibilidade de abordar as descrições objetiva e subjetiva, bem como o uso de todos os sentidos, e não apenas o sentido da visão, para observarmos e percebermos o objeto.

A atividade final constituiu-se na produção escrita de uma sequência descritiva, abordando os aspectos físicos e psicológicos, tendo como objeto um(a) aluno(a) da turma, escolhido secretamente, pois depois de terminada a produção textual seu autor fez a leitura em voz alta para que a turma identificasse o(a) aluno(a) descrito(a) e apontasse as características físicas e psicológicas apresentadas.

Parnamirim/RN, 22 de setembro de 2009.







quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TP3 - Gêneros Textuais - 3º relatório





A nossa oficina sobre “Gêneros Textuais” realizou-se no dia 27 de agosto de 2009, no Colégio Augusto Severo com uma carga horária de 4 horas.
Iniciamos nossa reunião com um breve sarau literário recitando os poemas do poeta Mário Quintana e, ao mesmo, tempo saboreando chocolates, daí porque intitulamos nosso recital: “Saboreando a poesia”. Esse momento foi bastante prazeroso ( no sentido literal da palavra) e muitos dos professores cursistas sugeriram como idéia para ser aplicada em sala de aula com os alunos como uma forma de motivá-los a estudar a biografia de algum escritor.
Em seguida, passamos as discussões sobre os conteúdos das unidades 9 e 10 com o propósito de sistematizar os conceitos teóricos sobre gêneros textuais, competência sociocomunicativa e sua relação com os estudos dos gêneros fundamentados nos estudos de Kock, Marcushi , Bakhtin.
Esse momento foi bastante enriquecedor, uma vez que todos os professores participaram de forma entusiasmada e tiveram a oportunidade de relacionar a teoria à sua prática em sala de aula. De forma resumida, eis alguns pontos que foram debatidos:

• A caracterização do texto aponta para duas direções: a primeira como dimensão social e cultural, daí temos os gêneros textuais. E a segunda do ponto vista informacional, o que leva a classificação dos tipos textuais. Entretanto é importante ressaltar que tais dimensões textuais estão intrisicamente relacionadas. Tal separação é feita com propósitos didáticos para uma melhor compreensão da constituição do texto tanto no seu interior como na sua relação com o mundo.
• Toda e qualquer comunicação se dá por textos, os quais, por sua vez se materializam através de um determinado gênero escolhido de acordo com a situação comunicativa.
• De acordo com Koch nós temos uma competência metagenêrica ( competência sociocomunicativa ) que habilita cada pessoa a identificar e classificar os diferentes gêneros e adequá-los a determinada situação comunicativa.
• De acordo com Bakhtin os gêneros são formas padrões relativamente estáveis. Não são práticas naturais, mas modeladas e remodeladas e processos interacionais entre sujeitos que participam de uma cultura. O que significa dizer que eles não são formas estanques e rígidas , mas são formas naturais e dinâmicas.
• Outro ponto importante que debatemos foi sobre a forma de se trabalhar os gêneros em sala de aula, os quais não se devem restringir “apenas a ensinar as suas características” - o que Roxane Rojo chama de “gramaticalização dos gêneros”- sem contudo se preocupar com o objetivo de formar leitores e escritores.
Após essas reflexões e tantas outras relacionadas ao tema em foco passamos para o nosso terceiro momento ,o qual foi a socialização dos relatos de experiências em sala de aula. Aqui os professores tiveram a oportunidade de partilhar seus acertos e dificuldades. A maioria relatou que foi um momento muito significativo e receptivo por parte dos alunos, o que foi surpreendente já que eles estavam iniciando suas experiências com o Gestar II em suas salas de aula.
E, por ultimo, em grupo, os professores cursistas passaram a elaboração da oficina 6 da tp3. Foi um espaço também bastante fundamental porque segundo a avaliação dos próprios docentes , eles puderam mais uma vez relacionar a teoria à sua prática pedagógica. E essa relação entre teoria e prática é que está sendo bastante elogiada, pois tem facilitado a transposição didática de todos os conceitos teóricos para a sala de aula de forma significativa e lúdica.
E, para finalizar esse encontro , orientamos o estudo das unidades 13 e 14 da TP4 e solicitamos mais um avançando na prática.


Relato de experiências:


PROGRAMA GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

Professora orientadora: Gilvânia Machado

TP3: GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS - Avançando na prática (pág. 25)

Profº cursista: Flávio Vieira da Silva

Público-alvo: alunos do 6º ano da E. M. Prof° Luís Maranhão Filho – Parnamirim/RN

Esta primeira atividade com os alunos foi bastante interessante. Primeiro, porque estava testando a atividade sugerida pelo Programa, depois, porque estava aplicando tal sugestão a uma turma de 6° ano. Contudo, confesso que me surpreendi, positivamente, com a atividade e com a turma.

A atividade proposta tinha por objetivo final a produção de uma biografia escrita na terceira pessoa, mas antes pretendia-se orientar os alunos no sentido de identificar os tipos de informações que compõem um texto biográfico.

O primeiro passo adotado foi apresentar aos alunos um pensamento célebre de uma personalidade, neste caso, o escolhido foi “O que aprendemos refaz e reorganiza nossa vida”, frase do educador Anísio Teixeira, a qual teve seu sentido discutido com os alunos. Durante a discussão abriu-se a oportunidade para indagar aos alunos sobre a importância de sabermos mais sobre as personalidades da música, do esporte, da política, das artes e outras áreas, que fazem parte da história de nosso bairro, nossa cidade, nosso país, enfim aprendermos um pouco mais sobre as pessoas que admiramos. Para ilustrar, foi lida a biografia de Carlos Drummond de Andrade, e indagou-se aos alunos sobre a intenção de um autor a escrever uma biografia, ao que responderam frases do tipo: “É para a gente saber mais sobre a vida das pessoas”, na ocasião foi mencionado o significado do vocábulo biografia. Em seguida, foram distribuídos com os alunos textos biográficos de diversas personalidades de diversas áreas de atuação, como Luiz Gonzaga, Vinícius de Moraes, Maurício de Souza, Luís Maranhão - que dá nome à escola -, entre outras. Os alunos, sentados em duplas, leram os textos apresentados, formularam perguntas com respostas e responderam ao questionamento proposto: “Que tipos de informações constituem um texto biográfico?”, respondido com base nas informações e nas intenções dos textos lidos. O próximo passo consistiu em socializar as descobertas feitas com as leituras, o que foi realizado de maneira informal, com direito a entoação de alguns trechos de músicas do Rei do Baião e de Vinícius de Moraes, e apresentar a resposta dada pela dupla ao questionamento proposto. A cada nova resposta dada ao questionamento, era feito seu registro no quadro-branco. Ao final das respostas e das anotações foram identificadas as informações pertinentes ao texto biográfico.

Para concluir a prática, levando-se em consideração as informações construídas pela turma a respeito do texto biográfico, foi solicitado aos alunos que produzissem sua própria biografia, narrada na terceira pessoa. Tal solicitação, a princípio causou algum descontentamento e algumas preocupações nos alunos, o que foi aos poucos se diluindo frente à prazerosa possibilidade de escolher o que falar sobre si mesmo e reafirmar-se como uma pessoa com passado, presente e futuro.

Parnamirim/RN, 15 de agosto de 2009








Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar II

Língua Portuguesa

1º Relatório de desenvolvimento de atividade

Klébia Ribeiro da Costa

Orientadora: Gilvânia

Como foi sugerido no caderno de teoria e prática - TP 3 do Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar II, unidade número 9, página 25, realizamos a leitura e discussão da biografia de Carlos Drummond de Andrade para os alunos de uma turma de 7º (sétimo) ano do ensino fundamental.

Para trazermso o escritor para a discussão, realizamos, antes da biografia, a leitura do texto “Maneira de amar”, do já citado escritor brasileiro (em anexo).

Após a leitura do texto, passamos para a biografia do escritor. Apresentamos e discutimos as características próprias desse gênero textual , sua finalidade, seus interlocutores, bem a sua importância nos processos comunicacionais.

Além dessa leitura, buscamos conhecer outros textos biográficos, como por exemplo, a do folclorista Luis da Câmara Cascudo e da poetisa Nísia Floresta. Pedimos aos discentes que trouxessem, na aula seguinte, outras biografias de personalidades pelas quais tivessem alguma admiração. Qual foi a nossa surpresa, quando chegaram às nossas mãos textos que descreviam autores como Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Eça de Queiroz, Cora Coralina, Cecília Meireles e tantos outros.

Esse fato deixou-nos imensamente felizes, uma vez que constatamos que os nossos alunos têm excelente gosto literário, e mais inda, que têm admiração por estes autores e suas obras.

Em seguida, solicitamos aos alunos que elaborassem uma autobiografia, sem esquecer que a função desse gênero textual é descrever a vida de determinado sujeito. Na oportunidade os autores/personagens deveriam utilizar a terceira pessoa, como na biografia analisada.

Observamos que os alunos não encontraram dificuldades na elaboração no trabalho, como um todo. Apresentaram suas características físicas e psicológicas, local e data de nascimento, paternidade, local de residência, formação escolar, atividades esportivas que desenvolvem, trabalhos escolares em que obtiveram destaque e outros.

Concluímos a nossa atividade avaliando como riquíssima para todos os envolvidos nesse processo. Da nossa parte por verificar o gosto literário do nosso alunado e a desenvoltura com a qual apresentaram suas produções textuais. Dos alunos, por sentirem-se valorizados ao encontrar espaço para apresentarem-se, através das suas autobiografias, para os colegas e compartilhar gostos literários com os demais, encontrando, assim, afinidades até então desconhecidas.

Parnamirim/RN, 27 de agosto de 2009.

A N E X O

Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutado o que lhe confiava o gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.

Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?”. “Não”, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso e gostava”.

Carlos Drummond de Andrade. A cor de cada um.

Rio de janeiro: Record, 1997. (Fragmento)